domingo, 5 de julho de 2009

Cinco dias;


Faltam exatamente cinco dias para completar um mês de sua última aparição. E, como são boas as lembranças... Sempre sustentei a tese de que a amizade não era recíproca, mas jamais pude aplicá-la a minha própria vida. Este é um relato real, porém não mais importante que os demais.

“Foram tantos os momentos bons e, acima disso, a confiança que tínhamos um ao outro (Ou melhor, a confiança que eu tinha naquela imagem serena). Era como um porto seguro nos momentos mais decepcionantes e, como uma fortaleza nas alegrias. Mas, um vento forte abalou nosso refúgio: ondas tenebrosas vieram, mas sobrevivemos a ela. E quando a calmaria retornou, lá está ela de novo: imperiosa e, perspicaz. Mas, dessa vez, o final não foi tão alegre e nossas forças (Ah! As forças...) esconderam-se neste momento em que não queríamos tê-las.”

Na verdade, queria ter conseguido algo mais, um adeus talvez. Tentei ser forte, não nego; queria comprovar e, aí está. Talvez toda essa desordem de palavras não seja tão esclarecedora; certamente não será, partindo de você, um ser totalmente ingênuo e, inconsciente. Mas, não que este texto tenha utilidade. É apenas um desabafo do que poderia ter sido. Adeus!

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Um eu transitivo;


"... eu gosto dos venenos mais lentos,

das bebidas mais amargas,

das idéias mais loucas,

dos pensamentos mais complexos,

dos cortes mais cicatrizantes,

do perfume mais forte,

do amor mais difícil,

da dor mais insuportável,

gosto dos poemas mais tristes,

das ironias mais frias,

da personalidade mais fria,

me apaixono pelo mais rude,

pelo mais seco e venenoso,

presto atenção nos pequenos detalhes,

e jamais deixarei passar um deles,

gosto de observar,

das discussões mais ricas,

do argumento mais forte,

tenho um apetite voraz,

um amor pelo desconhecido,

e os delírios mais loucos,

você pode até me empurrar de um penhasco e eu vou dizer: e daí?

eu gosto de voar!"

(Autor desconhecido)